Matéria publicada esta semana na Folha de São Paulo traz uma informação que, quando fiz o levantamento que consta no blog, não encontrei em lugar algum: o número de brasileiros no WCT a cada ano.
Os dados da matéria, provavelmente fornecidos pela ASP, têm pequenas diferenças (em relação aos deste blog) que atestam como é difícil trabalhar com números.
O Brasil teve sete representantes entre os top 45 em 2005, mas três alternates também eram brasileiros - entre eles Guilherme Herdy e Bernardo Miranda, que competiram em mais de uma etapa. No ano seguinte, oito brasileiros conseguiram vaga - mas Raoni Monteiro contundiu o joelho e perdeu a temporada.
Em ambos os casos, os números finais são discutíveis.
A reportagem aborda também uma discussão requentada desde novembro, quando a redução de representantes na elite mundial para 2009 tornou-se evidente: a existência do SuperSurf prejudica o desempenho brasileiro nos circuitos da ASP? Representantes da entidade internacional obviamente afirmam que sim. O contra-argumento mais usado atualmente é que nunca a perna brasileira do WQS foi tão forte quanto em 2008.
É um tema difícil de opinar. O circuito nacional fechado a estrangeiros traz vantagens: jovens e veteranos se mantêm em atividade e têm um meio de sustento com menores custos. Mas diminui o intercâmbio e o tour brasileiro não funciona como meio de acesso gradual ao tour mundial.
Para completar, outros países e regiões em bom momento na ASP - EUA, Europa, África do Sul - têm circuitos nacionais ou regionais integrados ao Qualifying. Será que há uma relação?
Uma opinião modesta faço questão de mencionar: para alguém que tem como hobby organizar informações sobre competições de surfe profissional, a quantidade de circuitos no Brasil realmente confunde: SuperSurf, Brasil Tour, Seletiva Petrobras, regionais e estaduais, etapas brasileiras do WQS, Sul-Americano.
Um amplo debate entre envolvidos será proveitoso e, creio, inevitável.
Outro tema discutível mencionado aqui foi abordado por Shaun Tomson na SurferMag: é lógico que entidades e empresas busquem a massificação do surfe, mas a quem isso realmente interessa? O teor dos comentários mostram o quanto o assunto rende.
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