3º Op Pro
1ª etapa do Circuito Brasileiro
Local: Joaquina, Florianópolis (SC)
Data: 16 a 25 de janeiro de 1987
Resultado
1º. Paulo Matos (SP)
2º. Rodolfo Lima (RJ)
3º. Pedro Muller (RJ)
3º. Cláudio Marroquim (PE)
5º. Nelson Ferreira (ES)
5º. David Husadel (SC)
5º. Ivan Junkes (SC)
Semifinais
Paulo Matos d. Pedro Muller
Rodolfo Lima d. Cláudio Marroquim
Quartas-de-final
Paulo Matos d. Nelson Ferreira
Cláudio Marroquim d. David Husadel
Pedro Muller d. Ivan Junkes
Resultado Amador
1º. Ricardo Tatuí, Zé Paulo, Fábio Gouveia, Zé Roberto Aníbal
Resultado Feminino
1ª. Tanira Damasceno, Karina Abras, Neide Bezerra
Resultado Kneeboard
1º. Marcos Breda, Sérgio Peixe, André Leopoldo, Marcelo Julian
Informações complementares: Foi o sexto ano consecutivo que a Joaquina recebeu um evento de porte nacional (os anteriores foram os Festivais Olimpikus e os dois primeiros Op Pro).
Segundo o jornal O Estado, o número de participantes foi limitado em 600 "para facilitar", de acordo com Flávio Boabaid, "pois no ano passado foram mais de 700". Foram 160 vagas na profissional, 382 na amador, 32 no bodyboard (masculino e feminino), 18 no surfe feminino e oito no kneeboard. Matéria no dia 13 registra 532 inscritos; outra no dia 16 relata que a lista de espera entre os amadores chegou a 84; e uma terceira no dia 17 confirma que mais de cem amadores e 40 meninas no bodyboarding não conseguiram vaga.
A premiação para a categoria profissional foi de Cz$ 400 mil e a inscrição custou Cz$ 1,5 mil.
A montagem da estrutura foi concluída somente na véspera. Segundo um dos coordenadores do evento, Mádio Chiarella Filho, o Madinho (que trabalhou em parceria com Dany Boy e Johnny), "teoricamente o palanque devia estar pronto há três dias, mas houve contratempos". Boabaid declarou ao jornal que após o evento seria construído um palanque de alvenaria de dois andares pela prefeitura.
Trabalharam na competição cerca de 60 pessoas, 15 só no julgamento. Renato Hickel foi o coordenador dos juízes, que receberam Cz$ 12 mil cada.
Foi realizada uma solenidade de abertura no Centro Integrado de Cultura na sexta-feira 15; no dia 20 houve um coquetel da Abrasp no salão nobre da Assembléia Legislativa.
Antes da primeira bateria, houve hasteamento da bandeira e execução do hino nacional pela banda da Polícia Militar. A competição começou com vento sul (que já durava três dias) e chuva, mesmo assim o público no primeiro final de semana chegou a seis mil pessoas. As ondas tinham de 2 a 3 pés, com má formação pelo vento maral.
A partir do dia 17, o jornal O Estado dedicou quase todos os dias chamadas de capa e matérias de página inteira para cobertura do evento. Matéria do dia 17 comenta a possibilidade do Op Pro ser transferido para outra praia no ano seguinte; outra no dia 18 a evolução na informática, com o uso do computador TK 3000 da Microdigital e terminais de digitação da Starlike. Os responsáveis pelo sistema foram Antônio Celso Alves, Ziul Andueza Filho e Alexandre Cury (operador).
A disputa profissional começou no dia 21 com sol, vento nordeste (terral) e ondas de 3 pés, "gordas e sem força". O público foi estimado em 5 mil pessoas. A reportagem destaca no primeiro dia Picuruta Salazar e os baianos Jojó de Olivença e Adalvo Argolo; no dia seguinte, Tinguinha e Cláudio Marroquim. No último dia da triagem o vento sul voltou a soprar.
A regra da interferência foi usada pelo segundo ano seguido e causou confusão. Entre os punidos, Roberto Valério, que tentou agredir o head judge Rômulo Fonseca, e David Husadel, que conseguiu classificar-se mesmo assim.
O sábado dia 24 teve "chuva, vento sul e mar revolto"; matéria de página no dia 25 noticia a criação do primeiro Circuito Brasileiro, concretizado após reunião na terça-feira.
O domingo teve sol, vento nordeste terral, ondas de até 5 pés e público estimado em 8 mil pessoas.
Na bateria decisiva, Rodolfo Lima cometeu uma interferência logo aos três minutos e Paulo Matos venceu por 5 juízes a zero; ele recebeu Cz$ 70 mil e usaria metade do prêmio "para pagar uma promessa". Ele tinha 23 anos e era patrocinado pela Town&Country, Atol e Hot Gust.
A categoria amadora foi vencida por Tatuí pelo segundo ano seguido. Fábio Gouveia foi considerado a revelação do evento.
Alexandre Roichman venceu no bobyboard masculino e Cláudia Sabóia no bb feminino.
Fonte: matérias no jornal O Estado, com textos de César Gyrão e fotos de Marco Cezar.
Mais: Todas as etapas do Brasileiro 1987Todos os eventos cadastrados de 1987