A última vez que o Brasil teve três representantes no WCT (como neste ano, com Adriano de Souza, Heitor Alves e Jihad Kohdr) foi em 1993. A divisão de elite havia sido criada no ano anterior, quando Kelly Slater conquistou seu primeiro título mundial, e Fábio Gouveia (5º) e Flávio Padaratz (15º) ficaram entre os top 16. A eles se juntou Peterson Rosa pelo Qualifying, que teve Teco como campeão. Um quarto brasileiro ganharia vaga de wildcard a partir da terceira etapa: Ricardo Tatuí.
Como neste ano, em 1993 houve dez etapas. Mas o conceito de Dream Tour ainda não havia surgido - levaria mais meia década - e os destinos eram outros. A França tinha o maior número de etapas, três, e o Japão tinha duas. A etapa sul-africana era em Durban, não em J-Bay. A brasileira era na Barra da Tijuca. Em comum, o começo na Austrália (em Bells e depois em Sydney, não passava pela Gold Coast) e o encerramento em Pipeline.
Após o top 5 de Fábio Gouveia em 1992, o resultado final foi aquém do esperado: Gouveia e Teco Padaratz se mantiveram na elite pelo WCT, mas em posições inferiores às do ano anterior.
Gouveia chegou às quartas em Durban e foi vice no Brasil - nas duas ocasiões derrotou Kelly Slater, então campeão mundial. Também foi às quartas no Pipemasters, com baterias de quatro competidores. Conseguiu manter-se entre os top 16, em 13º. De quebra, foi vice-campeão do Qualifying.
Teco fez a semifinal em Bells e chegou às quartas no Japão; mas seguidas eliminações no 3º round o deixaram em 18º no ranking final.
Peterson teve seu melhor resultado em Lacanau, quando foi às oitavas. Com várias derrotas na repescagem, terminou o ano em 39º, mas manteve-se na elite pelo WQS, no qual foi top 16.
Tatuí competiu em seis etapas e chegou ao 3º round no Gunston, em Durban. Ele ficaria novamente na porta da elite pelo WQS e seria convidado para algumas etapas do ano seguinte - quando venceu em Biarritz como wildcard.
Na etapa brasileira, que habitualmente tem o reforço de convidados locais, Jojó de Olivença chegou às quartas-de-final.
O título da temporada foi disputado até as baterias decisivas da última etapa, em Pipeline - sete surfistas tinham chance. Derek Ho tornou-se o primeiro havaiano campeão mundial após eliminar (junto com Larry Rios) Gary Elkerton na semifinal e depois vencer o evento. Elko amargou seu terceiro e último vice-campeonato.
A partir de 1994 o número de brasileiros entre os top 44 aumentou bastante - no mínimo sete representantes por ano até 2007. Entre eles Jojó, Renan Rocha e Victor Ribas, que tiveram vida longa na elite. No mesmo ano começou o domínio absoluto de Slater no tour: cinco títulos seguidos, até ele resolver dar um tempo em 1999.
Mais: Brasileiros no WCT
Fala Gustavo!!
ResponderExcluirEntão... Até que estou melhorando nos meus palpites...
O Dane eu coloquei mais pelo campeonato ser da QuikSilver...
Pra mim ele é só mais um idiota com talento e como a maioria, espero que em breve seja apenas um idiota...
Abração!!
Parabéns pelo BloG, venho sempre aqui, faz MUITO tempo, é SENSACIONAL o seu trabalho!!
MaiNe