segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O retrospecto de Victor Ribas na ASP


Vitinho em foto copiada do blog de Rodrigo Osborne

Em sua extensa carreira, ainda em andamento aliás, Victor Ribas coleciona alguns feitos significativos: melhor colocação de um representante nacional no WCT (3º em 1999); segundo brasileiro com maior número de temporadas na elite (13, uma a menos que Peterson Rosa); quatro vezes top 16.

Assim como Gouveia, Peterson, Neco e Mineiro, Vitinho disputou três finais no WCT (Gouveia e Flávio Padaratz disputaram outras na era pré-WCT; veja todas as finais do tour com brasileiros). E venceu uma, a primeira:

Uma vitória no tour mundial/WCT
1995 - Gotcha Lacanau Pro, França (derrotou Todd Holland)

Dois vice-campeonatos
1999 - Quiksilver, Tavarua (perdeu para Mark Occhilupo)
2005 - Nova Schin, Imbituba (perdeu para Damien Hobgood)

Pelo WQS, circuito do qual foi campeão em 1997 e vice em 1998, Victor é um dos seis brasileiros com maior número de vitórias: seis, entre 1994 e 2002.

1994 - Nescau Surf Energy, Guarujá (SP)
1994 - Limão Brahma Pro, Rio de Janeiro
1995 - 7UP Pro Cup - Punta Rocas/Peru
1997 - Hang Loose - Saquarema (RJ)
1998 - Reef Brazil - Mar del Plata/Argentina
2002 - Hang Loose, Fernando de Noronha (PE)

No cenário nacional, ele foi campeão brasileiro em 1997, quando o ranking era definido pelas etapas brasileiras do Qualifying; depois, em 2003, venceu uma etapa do SuperSurf.

2003 - Itacaré (BA) - Victor Ribas/Tadeu Pereira

As quatro aparições entre os top 16 é um recorde que compartilha com Fábio Gouveia (mas Victor foi duas vezes top 10). A julgar pelos dados da ASP (se confiarmos neles), Victor começou a competir no circuito mundial um ano antes de Gouveia e Teco, que estrearam em 1988.

Era Pré-WCT
1987 - 240º | disputou 3 das 21 etapas
1988 - 78º | disputou 7 das 24 etapas
1989 - 95º | disputou 7 das 25 etapas
1990 - 56º | disputou 17 das 21 etapas
1991 - 49º | disputou todas as 17 etapas
Era WCT
1994 - 15º | disputou todas as 10 etapas
1995 - 6º | disputou todas as 10 etapas
1996 - 18º | disputou todas as 14 etapas
1997 - 25º | disputou todas as 12 etapas
1998 - 37º | disputou todas as 11 etapas
1999 - 3º | disputou todas as 13 etapas
2000 - 32º | disputou todas as 13 etapas
2002 - 45º | disputou todas as 12 etapas
2003 - 22º | disputou todas as 12 etapas
2004 - 32º | disputou todas as 11 etapas
2005 - 15º | disputou todas as 11 etapas
2006 - 29º | disputou todas as 11 etapas
2007 - 40º | disputou todas as 10 etapas

Um breve retrospecto:

1987 - 1989
Ainda como amador, estreou no tour mundial em 1987 e nos dois anos seguintes competiu em quase um terço das etapas.
Em 1988, fez sua primeira semifinal, na Barra da Tijuca; e chegou ao evento principal também na Joaquina.
Em 1989, varou as triagens em três eventos: Durban, Barra da Tijuca (em ambos foi ao round 2) e Joaquina (round 1).

1990
Em seu primeiro ano como profissional, passou pelas triagens em quatro eventos: Hossegor, Guarujá (em ambos foi ao round 2), Zarautz e Sunset (round 1).

1991
No segundo ano como pro, continuou em ascensão: foi às quartas em Huntington Beach, às oitavas em Saint Leu e na Barra da Tijuca, e também varou as triagens em Lacanau (round 2) e no Guarujá (round 1).

1992 e 1993
Ficou afastado das competições por quatro meses após fraturar o pé. Pelo WQS, terminou em 48º em 1992; no ano seguiu entrou para a elite ao terminar em 26º.

1994
Logo em sua estréia no WCT chegou aos top 16, graças a uma semifinal na Barra da Tijuca, as quartas em Lacanau e Biarritz, e as oitavas em Narrabeen. Também venceu duas etapas do WQS (suas primeiras conquistas no Qualifying), ambas no Brasil.

1995
Em seu segundo ano na elite, foi novamente top 16 - ficou de fora dos top 5 por uma posição apenas. Conquistou uma vitória em Lacanau, foi à semi em Biarritz, às quartas na Barra da Tijuca, e às oitavas em Bells, Marui e Gland. Também conquistou uma vitória pelo WQS em Punta Rocas (sua primeira no exterior).

1996
Saiu dos top 16 (por apenas duas posições) após dois anos seguidos. Foi às quartas em Huntington e Hossegor, e às oitavas no Marui, G-land, J-Bay e Barra da Tijuca.

1997
Continuou descendo no ranking, mas manteve-se na elite pelo próprio WCT, pelo quarto ano seguido. Foi às quartas na Barra da Tijuca e às oitavas em Narrabeen, Kirra e Hossegor. E conquistou dois títulos: do WQS (repetindo feito de Flávio Padaratz) e brasileiro. Venceu uma etapa do Qualifying em Saquarema, sua quarta conquista na segunda divisão.

1998
Teve uma queda acentuada de rendimento na elite - não passou do round 3 em nenhuma das onze etapas, mas manteve-se pelo WQS, do qual foi vice-campeão. Venceu uma etapa na Argentina, sua segunda conquista pelo Qualifying no exterior.

1999
Alcançou a melhor colocação de um brasileiro na história do tour: 3º lugar. O incrível é que ele só passou do round 3 a partir da quinta etapa, mas o segundo semestre foi caprichado: foi vice-campeão em Fiji, à semi em Huntington e na Barra da Tijuca, às quartas no Japão, em Lacanau, em Hossegor e Pipeline, e às oitavas em Mundaka.

2000
No ano seguinte ao seu ápice em termos de resultados, saiu da elite: pelo WCT, seus melhores resultados foram as oitavas em Gold Coast, Fiji e Lacanau; e no WQS terminou em 20º.

2001
Bastou um ano no WQS para voltar à elite - terminou em 12º. Competiu como convidado na etapa brasileira do WCT e perdeu no round 3.

2002
No retorno à elite foi às oitavas em Teahupoo, porém uma longa sequência de derrotas na repescagem o deixou na incômoda última colocação. Manteve-se entre os top 45 com um 9º no WQS - circuito no qual alcançou sua conquista internacional mais recente, ao vencer a etapa de Fernando de Noronha.

2003
Em sua nona temporada na divisão principal, voltou ao pódio com uma semifinal em Trestles; com as oitavas em Mundaka e em Pipeline (em baterias de quatro), manteve-se na elite pelo próprio WCT.

2004
Foi às quartas na Gold Coast e em Hossegor, e às oitavas em Fiji; quase saiu da elite - ficou como primeiro alternate para o ano seguinte - porém eventualmente competiu em todas as etapas.

2005
Terminou entre os top 16 pela quarta vez na carreira, onze anos após a primeira. Como em temporadas anteriores, não passou do round 3 no primeiro semestre, mas depois foi vice-campeão em Imbituba, à semi em Hossegor, e às oitavas em Trestles e Pipeline (em baterias de quatro).

2006
Foi às quartas em Trestles e às oitavas em Mundaka, terminando pouco abaixo da zona de corte no WCT. Mas manteve-se na elite pelo WQS, no qual terminou em 13º.

2007
Em seu último ano na elite, passou do round 3 apenas uma vez - fez as oitavas em Mundaka.

Um detalhe curioso sobre Victor Ribas é que em todas as temporadas em que competiu entre 1991 e 2007, ele nunca faltou a uma etapa sequer. Pelas contas do Datasurfe, ele disputou 202 eventos de primeira divisão da ASP, desde 1987. E disputou nove semifinais, incluindo as três que venceu.

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