Quais as chances reais de Adriano de Souza ser campeão mundial? É possível um brasileiro conquistar o título da ASP? Certamente, coisas aparentemente improváveis acontecem. Um negro presidente nos EUA, um ex-torneiro mecânico no Brasil. Alguém além dos quatro grandes - KS10, Fanning, Parko e Taj - ou dos predestinados Jordy/Dane/Owen ganhar o Dream Tour.
O brasileiro que chegou mais perto de realizar esse sonho que Mineiro agora é obrigado a encarar seriamente, todos sabem, foi Victor Ribas em 1999. Outros – Gouveia, especialmente – devem ter vislumbrado a possibilidade. Se juntassem em uma única temporada seus melhores resultados, seria possível. Em um ano em que tudo conspirasse a favor.
Adriano lidera após a terceira de onze etapas, pela primeira vez um brasileiro está no topo da ASP, a essa altura da corrida – totalmente em aberto pelo tanto que falta. Seu retrospecto nas oito etapas restantes dá esperança: é preciso superação, porém na maioria das locações ele já chegou bem perto do que precisa.
Em apenas duas etapas do tour (Portugal e Pipeline) Mineiro nunca foi pelo menos às quartas-de-final, desde que estreou na elite em 2006. Portugal está no circuito apenas pelo terceiro ano. Nas duas edições anteriores, Adriano foi eliminado nos rounds iniciais, porém é um tipo de onda que o favorece e um bom resultado não surpreenderia.
Já a decisiva Pipeline é certamente seu pior evento em termos de resultado, apenas uma bateria vencida em cinco edições.
Claro que para sonhar com título não basta quartas-de-final. E Hossegor é a única das locações restantes em que Adriano já fez uma semi. Seus outros pódios - Gold Coast, Bells e Brasil - já passaram. Porém, o retrospecto é consistente: nos 32 eventos listados abaixo, de 2006 a 2010, há oito quartas e uma semi. É preciso um ou dois degraus a mais.
Não é a primeira vez que Adriano tem o topo ao seu alcance. Em 2009, seu melhor ano até agora, ele permaneceu na briga até a perna européia, quando derrotas precoces em Hossegor e Peniche o tiraram da decisão entre Fanning e Parko em Pipeline.
Esta temporada porém tem um diferencial que pode ser decisivo. Duas novidades nos EUA, onde o brasileiro reside: a estreante Nova Iorque e o The Search em San Francisco. Mais duas etapas em fundo de areia, com condições provavelmente difíceis, como no Rio de Janeiro.
Retrospecto de Adriano de Souza nas oito etapas restantes
J-Bay: 2006 QF | 2007 QF | 2008 QF | 2009 R2 | 2010 QF
Teahupoo: 2006 R2 | 2007 R3 | 2008 QF | 2009 QF | 2010 R4
Nova Iorque: estreia
Trestles: 2006 R3 | 2007 R3 | 2008 R4 | 2009 QF | 2010 R3
Hossegor: 2006 R3 | 2007 R2 | 2008 SF | 2009 R2 | 2010 R2
Portugal: 2009 R3 | 2010 R2
The Search: 2006 R3 | 2007 R2 | 2008 R3 | 2009 R3 | 2010 QF
Pipeline: 2006 R1 | 2007 R3 | 2008 R4 | 2009 R3 | 2010 R3
ya esta en el aire girando mi moneda...
Nenhum comentário:
Postar um comentário