domingo, 8 de maio de 2011
Atropelando a fila
that's the money turn
The brazilians have busted down the door, anuncia o locutor também vencido. A turma lá de cima tem muito orgulho da onda de Trestles, a mais performance do mundo e o escambau. E ela realmente não decepciona, nem quando marola. Recebeu o terceiro Prime do ano com 2 a 3 pés para um aguardada exibição de surfe progressivo. O que não se esperava era tamanho domínio brasileiro.
O Brasil colocou oito entre os 12 finalistas, e 6 entre 8, 3 entre 4. Faltou pouco para um pódio todo brasileiro, constrangimento evitado pelos locais. Entre os doze melhores nenhum australiano, e competiu boa parte da nata (Uilsinho, Kerzy, Davo, Ace, Melling) menos Burrow, Fanning e Parko. Ao todo 25 dos top 34, todos os irmãos norte-americanos, Dane Reynolds voltando de novo, a esquadra havaiana e etc.
he's got the whole package
Momento histórico é bordão nessas locuções, mas em certas circunstâncias soa melhor aos ouvidos. Lembrou o início de 2009, quando apenas três brazos competiram no WT e debatia-se o momento fraco do surfe nacional.
Dois anos depois, a torcida ainda saboreia o recente nocaute, contundente, por combinação, do Mineiro no rei, em Bells perfeito - aquela onda difícil onde o KS é tetra. The Soza venceu três das últimas cinco contra Slater, é o brasileiro de quem mais se espera e por isso apontado como líder. Em Trestles foi eliminado na estreia em uma disputa de notas altas. Ficou então evidente quão numerosa, talentosa e apressada é a turma que o segue.
and he can take it to airs
O Brasil tornou-se de fato uma das três potências do surfe mundial, constata um a certa altura. Que torcedor australiano ou norte-americano não gostaria de contar com uma safra como a nossa.
22 brasileiros competiram no evento: Adriano de Souza, Alejo Muniz, Bernardo Pigmeu, Caio Ibelli, Gabriel Medina, Heitor Alves, Hizunomê Bettero, Jadson André, Jerônimo Vargas, Junior Faria, Leandro Bastos, Leonardo Neves, Messias Félix, Miguel Pupo, Neco Padaratz, Pedro Henrique, Raoni Monteiro, Ricardo dos Santos, Thiago Camarão, Wiggolly Dantas, Willian Cardoso, Yuri Sodré. Uma lista heterogênea.
No mesmo fim-de-semana, outra centena disputava um 5 estrelas no litoral gaúcho.
that's what the judges wanna see
Quem acompanha o tour pelo webcast talvez concorde que o Brasil provavelmente precisará conquistar alguns títulos morais antes de alcançar um de fato. O que talvez já tenha acontecido no feminino. Saberemos nas próximas temporadas, em especial depois que KS largar o osso.
Mas o bom momento brasileiro já tem sua influência no circo. É curioso como um hábito muito brazo mal-visto pelo status cool da ASP como as comemorações exageradas esteja se tornando frequente também entre a nobreza - vide os elogiados claims de Davo em Bells.
that's commitment above the lip
Esta semana começa a etapa brasileira do mundial, de volta ao Rio de Janeiro após oito anos no sul. Para os anfitriões a expectativa é otimista, após duas finais seguidas na Vila: o vice de Mineiro/2009 e o título de Jadson/2010.
Terceiro evento de um calendário de onze, o WT Brasil não chega a ser definitivo, mas não se trata apenas do título ao final do ano. Depois do Rio, restarão apenas três WTs (J-Bay, Teahupoo e a estreante Nova Iorque) antes da troca em setembro. Chegar entre os 32 é o passaporte para um segundo semestre intenso em Trestles, Hossegor, Peniche, San Francisco e Pipeline, e a pressão na fila é grande.
this brazilian kid is going to town
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