6º World Championship Event
6º Campeonato Mundial de Surfe
Local: San Diego, Califórnia, EUA
Data: outubro de 1972
Resultado
1º. James Blears (HAW)
2º. David Nuuhiwa (HAW)
3º. Peter Townend (AUS)
4º. Larry Bertleman (HAW)
5º. Michael Ho (HAW)
Informações complementares:
Segundo Nat Young em The History of Surfing, "os organizadores tiveram dificuldades financeiras quando não venderam os direitos de transmissão para TV (...) uma semana antes da viagem o time australiano ficou sabendo que teria que bancar as próprias passagens (...) o evento foi marcado pelas condições fracas de surfe e desorganização".
A equipe australiana tinha Mark Richards, Peter Townend, Simon Anderson, Michael Petersen, Terry Fitzgerald, Ian Cairns; a havaiana, Gerry Lopez, Jeff Hackman, George Downing, Larry Bertlemann, Michael Ho, Ben Aipa e Reno Abellira. O time norte-americano (Califórnia e Costa Leste) tinha Corky Carroll, Jeff Crawford e outros, mas "a estrela" era David Nuuhiwa.
Alguns locais roubaram a prancha de Nuuhiwa, que tinha rabeta fish, e a penduraram quebrada no pier, com a pixação "boa sorte, dave", supostamente uma retaliação por ele ter "roubado" a idéia do design da rabeta fish.
A competição foi realizada em um sábado e domingo, com ondas de 2 a 3 pés - uma grande ondulação de sul surgiu durante o evento, mas não chegou às praias de San Diego. Drew Kampion, então o mais conhecido jornalista norte-americano de surfe, criticou as condições do mar na revista Surfing.
A final teve cerca de uma hora de duração e cinco participantes: Peter Townend, Michael Ho, Larry Bertlemann, Jim Blears e David Nuuhiwa.
Blears e Nuuhiwa surfaram pranchas com rabeta fish. Blears havia usado a sua apenas duas vezes antes e Nuuhiwa surfou com uma reserva. Michael Ho tinha 15 anos na época, Peter Townend, 17 ou 18.
Segundo Nat Young, "outros competidores não concordaram com a vitória de Jimmy Blears (...) ele teria dito que não concorda com competições porque o surfe é algo individual, que não pode ser medido por um cronômetro (...) esse campeonato sinalizou o fim das competições de surfe [mundiais] até que alguma mudanças extensas pudessem ser feitas".
Fontes: Surfa.com.au / Surfresearch / Vagabond.surf (extenso relato, com trechos da cobertura de Drew Kampion na Surfing); livro The History of Surfing, de Nat Young.
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