sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sonho adiado (e cercado de dúvidas)


Neco, Haleiwa

Está em andamento o Prime de Haleiwa, penúltimo WQS do ano, e a cada dia de competição alguns competidores - os derrotados que dependiam de vitória - dão adeus a classificação para o Dream Tour de 2010. Caso de Neco Padaratz, eliminado no round de 96 e agora sem chances matemáticas de voltar à elite do próximo ano.

Porém, com a mudança de regras anunciada pela ASP, essa queda passa a ter outro significado: representa o adiamento do sonho apenas por alguns meses.

O novo sistema permanece cercado de dúvidas (que acredita-se serão respondidas até o final de dezembro), mas, pelo que foi anunciado, no segundo semestre de 2010 as etapas do WCT terão 36 competidores - 32 deles definidos por um ranking unificado (WCT + WQS).

Falta saber em qual etapa do WCT será inaugurado o novo formato (Teahupoo? Trestles?) e esclarecer a matemática da unificação: a proporção de pontos entre os eventos do WQS e do WCT.

No calendário 2010 da ASP antecipado pelo Waves, há surpreendentes 27 etapas 6 estrelas, nove delas com status Prime (mas algumas provavelmente serão canceladas). No ranking unificado, quanto pontos valerá uma vitória em um desses eventos, em comparação com uma vitória em uma etapa do WCT? Essa é a matemática que a ASP deve estar concentrada em fazer no momento.

Por exemplo, será que Jadson André, com os resultados alcançados no primeiro semestre deste ano, teria chegado ao Dream Tour se o sistema já estivesse valendo? Até que se esclareça a equivalência de pontos, o que talvez só aconteça na prática, os competidores estarão sem referência sobre o que é necessário conquistar para chegar à elite - ou manter-se nela.

Mas um fato indiscutível é que, com a unificação dos rankings no meio do ano, quem perder a vaga agora pode alcançá-la em agosto ou setembro de 2010. Para quem ficar de fora, não deixa de ser um consolo.

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