Florianópolis Pro
3ª etapa do World Qualifying Series
1ª etapa do Circuito Brasileiro
Local: Praia da Joaquina, Florianópolis, Santa Catarina
Data: 19 a 24 de fevereiro de 1992
Premiação: US$ 20 mil
Resultado
1º. Jojó de Olivença (BA)
2º. Peterson Rosa (PR)
3º. Flávio Padaratz (SC)
3º. David Husadel (SC)
5º. Kias de Souza (SP)
5º. Washington Luís (RJ)
5º. Wagner Pupo (SP)
5º. Fábio Gouveia (PB)
Semifinais
Jojó de Olivença d. Flávio Padaratz
Peterson Rosa d. David Husadel
Quartas-de-final
Flávio Padaratz d. Kias de Souza
Jojó de Olivença d. Washington Luís
David Husadel d. Wagner Pupo
Peterson Rosa d. Fábio Gouveia
Oitavas-de-final
Flávio Padaratz d. Picuruta Salazar
Kias de Souza d. Pedro Muller
Jojó de Olivença d. Joca Júnior
Washington Luís d. Sérgio Noronha
Wagner Pupo d. Amaury Pereira
David Husadel d. Ricardo Tatuí
Peterson Rosa d. Paulo Matos
Fábio Gouveia d. Renato Phebo
Informações complementares:
Segundo o texto, a etapa de abertura do Circuito Brasileiro foi "fechada de última hora" e aconteceu novamente na Joaquina - apenas em 1988 a primeira etapa foi realizada em outra praia, a Barra da Tijuca (RJ). Inicialmente, a abertura seria em Torres em 1992, mas "a prefeitura de Floripa pulou na frente".
A competição teve uma mudança na pontuação dos atletas: as médias de cada onda passaram a ser estabelecidas entre zero e dez, para facilitar a compreensão.
Os dois primeiros dias de competição tiveram "sol forte, praia cheia de argentinos e ondas pequenas". Na sexta-feira entrou uma frente fria e o mar subiu.
Entre os trialistas, o texto destaca Fábio Silva, Aldemir Calunga, Washington Luís (que chegaram ao evento principal) e Mariano Tucat (eliminado na última fase).
Primeiro e único brasileiro entre os top 16 da ASP até então, Fábio Gouveia derrotou Carlos Burle, Douglas Lima e Renato Phebo, antes de ser eliminado por Peterson Rosa nas quartas. Na bateria com Phebo, os dois empataram nas três melhores ondas, e Gouveia venceu por 0,5 pt no desempate. Phebo reclamou do resultado.
Flávio Padaratz, então o segundo melhor brasileiro na ASP, derrotou Ivan Junkes, Jair de Oliveira, Picuruta Salazar e Pedro Muller, antes de perder para Jojó de Olivença na semi. Contra Jojó, Teco tinha a prioridade a um minuto do término e precisava de 3,8 pt. Segundo o texto, "o mar grande garantia essa nota em qualquer onda (...) mas Teco optou por uma esquerda que o engoliu antes do drop". Peterson tirou um tubo "que levantou a praia" na semi em que eliminou David Husadel. As vitórias de Jojó e Peterson nas semifinais impediram uma final catarinense.
Duas baterias clássicas "foram videotapes de disputas na mesma etapa no ano anterior", com o mesmo resultado: as vitórias de Flávio Padaratz sobre Pedro Muller e de Peterson Rosa sobre David Husadel.
A bateria decisiva teve 45 minutos, "com ondas e forte correnteza". Peterson "parecia imbatível nos primeiros 20 minutos (...) um floater irado foi seu melhor momento". Mas Jojó pegou então duas ondas que desequilibraram a disputa. Na melhor delas (a melhor nota do evento, 9,1), "deu uma batida reta no outside e trouxe a prancha até a areia".
Foi a quarta vitória de Jojó de Olivença pela Abrasp e ele recebeu Cr$ 3,4 milhões. Jojó declarou que pretendia aplicar o dinheiro, pois estava noivo.
Foi a segunda vez que Peterson Rosa, então com 17 anos, foi vice-campeão na Joaquina (a anterior foi para Flávio Padaratz, em 1991). A matéria da Fluir se refere a Peterson como "o diabo em forma de surfista", o que gerou reclamações por parte da família dele.
A expression session realizada no sábado, especialmente para o Esporte Espetacular, foi vencida por Fernando Graça (melhor floater) e Douglas Lima (melhor batida).
O prefeito Bulcão Viana compareceu à premiação. Uma equipe do Programa Legal, da rede Globo, fez gravações durante o evento, com Tatuí, Picuruta, Teco, Dadá e Gouveia, entre outros.
Durante os treinos, Flávio Padaratz "chutou as quilhas" ao cair em um snap, abrindo um corte de 3 pontos no pé. Ele competiu com uma bota de neoprene.
"A boate Barulho do Mar no canto direito da praia Mole foi a sensação noturna".
Espelho de bateria
Fonte: matéria de 4 páginas na edição nº 77 da revista Fluir (março/1992), com texto de Felipe Zobaran e fotos de Eduardo Issa.
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Legal saber que dessa rassa de oito finalistas, alguns deles ainda correm circuitos importantes e outros ainda continuam surfando, apesar de já terem passado dos 40. Desses 8 aí, os únicos que não se ouviu mais falar (pelo menos aqui em SC) são Kias de Souza e Washington Luís.
ResponderExcluirE o banco de dados cada vez mais completo, dá-lhe SURFE CATARINESE!
Gustavo
Era Barulho do Mar no canto direito da Mole. Dá uma arrumda. Eu tinha a marca Fluxo Surf Co e produzi todos o material - uniforme: lycras e camisetas do evento. A Fluxo foi a 1ª marca catarinense a participar de uma etapa de circuito mundial de surfe.
ResponderExcluirAbço
MB
Valeu Maurio (e Gustavo)!
ResponderExcluirEssa geração agora tá na master e torcendo pelo filhos, alguns já beliscando os WQS por aí...